Não posso afirmar que conheço todas as culinárias, muito menos que as entendo. Das que entendo, consigo recriar baseada no que sei e reproduzir o clássico. A culinária árabe é aquela, no entanto, que fico boquiaberta - e feliz - por não conhecer e sempre me surpreender com os sabores.
O leigo diria que tem-se como base o hortelã, kafta, babaganuche, homus, pão pita e zátar (zaatar).
Eu diria o mesmo!
Estou fascinada com restaurante que me proporcione rodízios/degustações a preços interessantes e que me introduzam sabores novos. Sempre fui curiosa pela culinária árabe, mas nunca me aprofundei no assunto. No entanto, tive uma experiência interessante no Aroma Árabe.
Cheguei para almoçar em um horário péssimo (para quem trabalha no restaurante): 14h. O sistema da casa funciona com um preço para o pequeno rodízio (que inclui um self-service e pratos pedidos na mesa) e o rodízio completo (tudo na mesa); dado o horário, a garçonete sugeriu, muito honestamente, que escolhêssemos o rodízio completo pois assim teríamos uma comida mais fresca, feita na hora. Decidido pela sugestão dela, então.
E que ótima sugestão!
A comida estava sendo feita na hora pois conseguia ouvir o barulho da cozinha e não havia mais nenhum cliente no recinto.
O couvert incluia pães quentinhos e uma trilogia de babaganuche (pouco temperada), homus e coalhada seca, em um textura exuberante e saborosíssima. Minha fome estava quase morta ali.
Mas seguiu-se kafta, com delicioso gostinho de leite, charutinhos de folha de uva, arroz com lentilha, falafel (muito seco) e a maravilhosa abobrinha recheada. Esta, até hoje, com o sabor indescritível na minha cabeça.
A conta não deu 35 reais para cada um e pude comer muito, sempre me questionando o tempero usado. Milhões de questões na cabeça, sem saber de onde vinham aqueles sabores estranhos e deliciosos. Uma cozinha sem medo de ser de raíz, original e para aqueles que apreciam sua culinária.
Uma vez que Papai Salim não satisfaça mais, o Aroma Árabe proporciona melhor atendimento e uma cozinha peculiar, que não tem medo do cliente que não conhece seu sabor. A cozinheira chef, diz-se, está na área há 27 anos.
Nada melhor que ser bem servido, com comida diferente e feita na hora.
Inspirador.
Passe lá:
Aroma Árabe
Av. Júlio de Mesquita,73
Campinas - SP
(19) 3255-8251
12.12.09
Ryuu
Assim como já achei que entendia muito de botecos, também já achei que entendia muito de restaurantes japoneses. Ao menos os de Campinas. De todos que existem na cidade, posso afirmar que não fui em apenas dois.
Felicidade a minha quando me deparei com o Ryuu.
Tinha como o melhor Matsu, independente da Veja o classificar como o melhor.
Ryuu abriu suas portas em junho de 2009 e vi a festa de inauguração de longe pois sempre passo perto do local na volta do trabalho. Comecei a notar a propaganda em alguns veiculos da mídia mas a minha curiosidade persistia simplesmente por ser um novo restaurante japônes na cidade e eu queria saber se era bom ou não.
Para mim, restaurante que se presta a servir comida japonesa tem, no mínimo, que ter peixe fresco. Nem me arrisco a exigir karê ou qualquer outro tipo de comida típica que não seja o sushi e sashimi, mas quero, ao menos, que façam o básico e bem feito.
A decoração do lugar me atraiu porque é cool demais, moderninha demais, diferente demais para ser algo bom. E eu tinha que conhecer, com o medo gritante que seria mais uma baladinha/restaurante estilo Kindai.
A primeira vez que fui foi em um almoço de sábado. Cheguei e me sentei nas mesas do fundo onde o ar condicionado parecia mais potente. A casa trabalha com menu degustação o que, achei a princípio, um eufemismo de rodízio. Ledo engano.
O Ryuu trabalha com o conceito de degustação no sentido de pequenas porções, podendo ser repetidas a bel prazer, em sequencias com um tempo admissível entre um prato e outro, de forma a deixá-lo com vontade de comer o próximo prato sem se estafar.
Caso se peça a degustação - o que é de longe a melhor opção - pode-se ter sunomono ou uma saladinha de primeira entrada. O garçon logo pede se o temaki é desejado e qual peixe se quer - salmão, prego ou atum - e se guarnecido com cream cheese e cebolinha. O pedido sempre é atum e cebolinha sem cream cheese.
Segue-se o rolinho primavera com o molho mais delicado que já comi, agridoce no ponto que deve ser, juntamente com wonton de cream cheese - este sim, delicioso com o quejo.
O prato de sushi e sashimi chega, devidamente escolhido anteriormente pelos clientes. A escolha sempre é peixe prego e atum, fresquíssimos e um pouco de salmão, sempre muito bom também.
O camarão empanado chega com o mesmo molho do guioza (antes terrível, mas depois da terceira vez estava apimentado e delicado como deve ser) e segue com o salmão levemente grelhado com gergelim preto e branco e um crocante de batatas.
Esse prato eu sempre passo porque ocupa espaço demais no estômago e é batido além da conta.
Quando os sushimen estão inspirados, pode-se receber uma porção de peixe prego levemente grelhado com molho apimentado de abacaxi (que eles devem achar que é um super segredo mas eu mesma já comprei em um mercado na Liberdade em São Paulo) ou então um fantástico pseudo-cebiche de prego com a péssima, porém coerente, maionese, limão e gengibre. Uma surpresa boa e rara por lá (das cinco vezes que fui, comi apenas uma vez).
O shimeji e shiitake na manteiga e, o que eu acredito, um pouco de missô e shoyu estão disponíveis sempre, a não ser que o despreparado graçon afirme que não se encontra mais no mercado até o prócximo garçon lhe trazer uma porção.
O diferencial, assim como escrevem no menu, é o shoyu. Na verdade, afirmam que a garrafinha de shoyu diferencia um restaurante de outro, e a deles é linda. Mas o mais importante é seu conteúdo e nela está um shoyu que não é puro e sim misturado com outros ingredientes que consigo quase afirmar que sei quais são, mas não me arrisco.
De sobremesa, vá com o Melona de melão, morango, banana ( o preferido) ou outro sabor que não me lembro.
O ambiente é delicioso, extremamente aconchegante, com opções de bebidas alcoolicas (Stella Artois a R$4,00) e sucos fresquinhos.
Ryuu se propõe a servir o básico e o original. O peixe, sempre fresco, chega na casa com frequencia alta, aquela que garante que não se morda um pedaço lindo de sashimi congelado. E sempre pode-se contar com o delicioso peixe prego, para mim, a melhor combinação com o atum.
Almoço ou jantar, o atendimento sempre será muito bom e a casa sempre cheia.
Passe lá:
Ryuu
Av. João Mendes Jr., 427 - Cambuí (paralelo a Norte-Sul)
Campinas - SP
(19) 3325-4101
Aberto para almoço e jantar - Terça a Domingo
Felicidade a minha quando me deparei com o Ryuu.
Tinha como o melhor Matsu, independente da Veja o classificar como o melhor.
Ryuu abriu suas portas em junho de 2009 e vi a festa de inauguração de longe pois sempre passo perto do local na volta do trabalho. Comecei a notar a propaganda em alguns veiculos da mídia mas a minha curiosidade persistia simplesmente por ser um novo restaurante japônes na cidade e eu queria saber se era bom ou não.
Para mim, restaurante que se presta a servir comida japonesa tem, no mínimo, que ter peixe fresco. Nem me arrisco a exigir karê ou qualquer outro tipo de comida típica que não seja o sushi e sashimi, mas quero, ao menos, que façam o básico e bem feito.
A decoração do lugar me atraiu porque é cool demais, moderninha demais, diferente demais para ser algo bom. E eu tinha que conhecer, com o medo gritante que seria mais uma baladinha/restaurante estilo Kindai.
A primeira vez que fui foi em um almoço de sábado. Cheguei e me sentei nas mesas do fundo onde o ar condicionado parecia mais potente. A casa trabalha com menu degustação o que, achei a princípio, um eufemismo de rodízio. Ledo engano.
O Ryuu trabalha com o conceito de degustação no sentido de pequenas porções, podendo ser repetidas a bel prazer, em sequencias com um tempo admissível entre um prato e outro, de forma a deixá-lo com vontade de comer o próximo prato sem se estafar.
Caso se peça a degustação - o que é de longe a melhor opção - pode-se ter sunomono ou uma saladinha de primeira entrada. O garçon logo pede se o temaki é desejado e qual peixe se quer - salmão, prego ou atum - e se guarnecido com cream cheese e cebolinha. O pedido sempre é atum e cebolinha sem cream cheese.
Segue-se o rolinho primavera com o molho mais delicado que já comi, agridoce no ponto que deve ser, juntamente com wonton de cream cheese - este sim, delicioso com o quejo.
O prato de sushi e sashimi chega, devidamente escolhido anteriormente pelos clientes. A escolha sempre é peixe prego e atum, fresquíssimos e um pouco de salmão, sempre muito bom também.
O camarão empanado chega com o mesmo molho do guioza (antes terrível, mas depois da terceira vez estava apimentado e delicado como deve ser) e segue com o salmão levemente grelhado com gergelim preto e branco e um crocante de batatas.
Esse prato eu sempre passo porque ocupa espaço demais no estômago e é batido além da conta.
Quando os sushimen estão inspirados, pode-se receber uma porção de peixe prego levemente grelhado com molho apimentado de abacaxi (que eles devem achar que é um super segredo mas eu mesma já comprei em um mercado na Liberdade em São Paulo) ou então um fantástico pseudo-cebiche de prego com a péssima, porém coerente, maionese, limão e gengibre. Uma surpresa boa e rara por lá (das cinco vezes que fui, comi apenas uma vez).
O shimeji e shiitake na manteiga e, o que eu acredito, um pouco de missô e shoyu estão disponíveis sempre, a não ser que o despreparado graçon afirme que não se encontra mais no mercado até o prócximo garçon lhe trazer uma porção.
O diferencial, assim como escrevem no menu, é o shoyu. Na verdade, afirmam que a garrafinha de shoyu diferencia um restaurante de outro, e a deles é linda. Mas o mais importante é seu conteúdo e nela está um shoyu que não é puro e sim misturado com outros ingredientes que consigo quase afirmar que sei quais são, mas não me arrisco.
De sobremesa, vá com o Melona de melão, morango, banana ( o preferido) ou outro sabor que não me lembro.
O ambiente é delicioso, extremamente aconchegante, com opções de bebidas alcoolicas (Stella Artois a R$4,00) e sucos fresquinhos.
Ryuu se propõe a servir o básico e o original. O peixe, sempre fresco, chega na casa com frequencia alta, aquela que garante que não se morda um pedaço lindo de sashimi congelado. E sempre pode-se contar com o delicioso peixe prego, para mim, a melhor combinação com o atum.
Almoço ou jantar, o atendimento sempre será muito bom e a casa sempre cheia.
Passe lá:
Ryuu
Av. João Mendes Jr., 427 - Cambuí (paralelo a Norte-Sul)
Campinas - SP
(19) 3325-4101
Aberto para almoço e jantar - Terça a Domingo
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