4.2.10

Anchieta Café Forneria Sushi Bar

Quando conhecemos alguém em quem confiamos, em termos de paladar, uma sugestão de restaurante sempre é bem vinda. Infelizmente, nunca tivera uma indicação que valesse a pena, seja daqueles nos quais confio ou não. Coisas do acaso, então, acontecem e começo a questionar tudo isso. Um vendedor de livros que conheci e que também trabalha como chef em uma hamburgueria sugeriu um sushibar em Ubatuba. Fiz a matemática e pensei: livros, hambuguer, Ubatuba, Sushi Ya San e tive a certeza de que seria a maior roubada de todos os tempos.
A propaganda do vendedor de livros/chef foi tão boa, no entanto, listando os lugares nos quais o sushiman trabalhou, no RJ e em SP, o comprometimento dele com a comida, o menu degustação a R$45, que a possibilidade de ir foi considerada. Mas, desta vez, não iria no escuro. Pegamos o flyer do local e a foto parecia de choperias daqui de Campinas e jamais consideraria entrar pois parecia um daqueles lugares com duo de violão e voz com releituras de músicas da Ivete Sangalo e da Ana Carolina.
Então ligamos no Anchieta Café, que também é forneria, para falar diretamente com o Artur e saber se a propaganda estava de acordo. Não conseguimos falar com ele pois estava comprando peixes. Felicidade grande, afinal, se resolvêssemos ir, peixe fresco estava garantido. Ligamos de novo e Artur, muito gentil, disse que os peixes do dia eram pargo, olho de boi e salmão. E que o menu degustação consistia em missoshiru, guioza, yakisoba, shimeji, sushis e sashimis, lula e polvo.
O atum, no entanto, não estaria presente, assim como a recém descoberta sororoca, mas o peixes, estes, eram do dia. Então, com uma expectativa baixa e acredito, real, fomos para o suposto fantástico menu degustação do Anchieta Café Sushibar Forneria e, o que confirmei, com couvert para a banda que fazia releitura de músicas.
Sentamos no balcão, de frente para o suhsiman e seu ajudante, da forma como queríamos, afinal, quem é fã de comida japonesa e trabalha em cozinha, adora acompanhar o trabalho do profissional e, se possível, perguntar sobre os pratos.
Prontamente fomos atendidos por ele, avisando que havíamos ligado e falado com o amigo vendedor de livros/chef e ele pergunta se gostamos de sunomono. Eu amo de paixão e dificilmente acho um que agrade meu paladar, mas este estava doce e ácido na medida certa, com gergelim torradinho e kani. Ali eu já sabia que tudo poderia ser muito bom. Seguiu-se com o missoshiru que chegou antes do chopp e da água que pedimos. Estava bem carregado de missô, quase salgado, mas muito saboroso. Não senti falta do tofu porque não aprecio muito, mas mais cebolinha iria bem.
Bebidas chegaram ao mesmo tempo que o shimeji, também quase salgado, mas com um gosto de terra muito bom, surpreendente até. O guioza veio com um molho bem puxado no limão, o que não gostei tanto pois prefiro mais suave; a massa estava boa e o recheio interessante, mas faltando um pouco de sal - o que eu realmente não esperava dado o padrão até então.



Finalmente, então, chegaram os peixes. O primeiro prato foi um carpaccio de polvo, salmão e pargo, temperados com azeite, ovas e um tempero japonês que não me recordo o nome mas que eu poderia jurar que tinha cominho. Muito delicado e muito saboroso. O polvo estava com a cocção perfeita.
Os sashimis seguiram com fatias de salmão - bastante fresco, olho de boi, pargo com um pedaço da pele por cima, polvo e uma lula crua em fatias finas temperadas com um molho de pimenta com gostinho de defumado. Surpreendente. A lula feita desta forma possui uma textura diferente e potencializa o sabor de forma que nunca tinha sentido antes.
Estava curiosíssima, então, para saber se o arroz estaria bem temperado e bem cozido. Minha expectativa neste momento estava altíssima e fiquei muito feliz ao experimentar os niguiris e notar como todos os grãos estavam cozidos de forma igual assim como o tempero estava corretíssimo.
Os sushis seguiram com acelga e molho tarê - este muito fluido e doce na medida certa, pargo com shimeji muito delicado, proporção correta de arroz e peixe nos hossomakis, crocância deliciosa nos uramakis de skin e o hot roll com a casquinha mais saborosa que eu já comi.



O menu degustação foi finalizado com um niguiri de lichia, muito equilibrado e delicado, se fazendo de sobremesa e que fechou o que foi a melhor refeição que já fiz. Não afirmo isso pela qualidade e frescor de tudo, nem pelo tempero adequado e apresentações lindas mas também pelo comprometimento em fazer uma comida de respeito. O atendimento feito pelo sushiman, sempre perguntando se estava bom, ou o que gostaríamos de comer e a dedicação em servir a melhor comida possível fez com que esse sushibar me surpreendesse além de qualquer restaurante que já fui, especialmente os vários japoneses que frequento.
Não quero nem entrar nos detalhes da casa, com o pior atendimento de garçons que já vi - com uma equipe de cinco pessoas que mais ficavam conversando entre si do que prestando atenção no salão, a falta de climatiazação, ou a dificuldade para conseguir uma água. Prefiro me ater a maravilhosa experiência que tive e que, de tão fantástica que foi, nos fez voltar lá no dia seguinte.
E que bela indicação do nosso amigo vendedor de livros/chef de hambugueria!



Passe lá (só no sushi bar):
Anchieta Café

Rua Tamoios, 63
Ubatuba - SP
(12) 3833-4232

Samurai Mix

É difícil afirmar o que vou afirmar agora, ainda mais depois de ter comido, anos atrás, algo que chamaram de sushi e era, na verdade, alga envolvendo arroz papento e quente envolvendo atum de lata, mas lá vai: o pior sushi e sashimi que já comi na vida está no Samurai Mix.
Amigos me chamaram para acompanhá-los no jantar e lá fui eu, reticente com uma volta ao Samurai Mix (havia ido lá quando inaugurara) mas com vontade.
A casa trabalha, agora, com sistema de rodízio, que é, na verdade, self-service de comida japonesa e chinesa. O preço de R$25 por pessoa é convidativo, assim como questionável. Achei mesmo que a barca era furada, mas entrei na fila.
Primeiramente vi niguiris de atum e uramakis de salmão. O atum me assustou: estava com uma película por cima, parecia charque pela cor e não sei se algum dia vi um peixe tão passado quanto ele. Passei longe.
Dei meia volta, e entrei na fila para ver o buffet desde o começo. Assustador!
Hossomakis de salmão e rúcula empilhados, hot rolls cheio de massa embaixo de uma lâmpada quentíssima e hossomakis de pepino que gritavam com o calor. Seguiam alguma fatias de salmão, também aquecidas, mal cortadas, velhas e com aquela cor medonha. Os rolinhos primavera encharcados de gordura e recheados com muito repolho acompanhavam um molho que não sei afirmar extamente qual era a cor, mas tenho certeza que da receita original só mantiveram o nome.
Na mesma bancada outras frituras nojentas acompanhavam como cebolas empanadas e guiozas fritos. Achei ter visto algo parecido com coxinha por ali, mas preferi não perguntar.
Logo em seguida vi o sushiman cortando o salmão. O medo! Em uma vasilha de plástico ele mantinha diversos filés de salmão, um em cima do outro, escolhia um e fatiava ao lado das horrorosas lâmpadas de aquecimento desnecessário. Não me contive e coloquei minha mão na vasilha de salmão só pra checar a temperatura. E não, não estava fresco. Mas como não queria estragar o jantar dos amigos, apenas disse que estava tudo ok.
A parte a seguir era reservada a comida quente, mas eu já estava saturada só de assistir os pratos até então. Não tive coragem de pegar o shimeji e passei longe daquilo que eles chamaram de yakisoba.
Por fim escolhi dois niguiris de peixe branco, dois ninguiris de salmão, 3 fatias de salmão (as menos mortas), um rolinho primavera, sunomono e um hossomaki de pepino.
Comi o sunomono. Comi um niguiri de salmão e me surpreendi por não ser o salmão a pior parte, mas sim o arroz, que além de mal cozido (grãos moles e grãos duros na mesma peça) estava com cheiro de mofo. Mofo! Segui para o sashimi de salmão e estava assim como eu achei que estaria.
Então, parei.
Ninguém me perguntou porque não queria comer mais, mas continuei a conversar bastante e todos pareciam estar felizes com os pratos.
O que me dói é que o lugar estava lotado. Eu fico imaginado que ou sou chata e exigente demais ou as pessoas não sabem comer. E todos pareciam muito satisfeitos.
Eu fiquei com nojo. E com medo de como aquele buffet estaria as 11 da noite, com as lâmpadas e as frituras.
Da primeira vez que fui e esta, só posso afirmar que a casa conseguiu piorar o que eu já achava péssimo. E se um dia eu voltar, vou ficar bebendo água - se vier gelada desta vez.

Passe longe:
Samurai Mix
Rua Paula Lobo, 57
Campinas - SP
(19) 3251-6400
Aberto de Terça a Domingos e feriados

Sushi Ya san

Depois de alguns dias na praia, aquela vontade por comida japonesa bateu forte. Logicamente que sei que na praia não há de se encontrar restaurantes japoneses bons, mesmo considerando o fator de peixe fresco nas redondezas. Mesmo assim, não achei que poderia ser ruim.
Fomos em dois no Sushi Ya San, em Ubatuba, matar a vontade de guiozas, gohan, sushi, sashimi - estava sonhando com um bom atum - e munidos de uma expectativa bem baixa.
O local fica na parte de cima de uma loja de calçados e parece bem intimista `a primeira vista; ambiente todo em madeira, pequeno, luz baixa e som agradável. A garçonete nos deixou escolher a mesa e logo levou o cardápio. Este, não muito variado e extremamente caro nos fez demorar bastante a escolher, decidindo entre um combinado gigante ou pequenas porções.
A demora fez com a garçonete ficasse mal humorada e com certa resistência ao responder nossas perguntas. Coisas como "o peixe está fresco?" ou "com quais peixes vocês trabalham?". Quando a resposta veio "linguado, sororoca e atum" a felicidade tomou conta e decidimos que ao invés de pedirmos o combinado onde podia escolher os peixes e sushis, foi decidido escolher o super mega combinado de quase R$200. O pensamento era "tudo fresco e em bastante quantidade".
Antes que pensem que valorizo a quantidade, posso afirmar que depois do Ryuu, em Campinas, a noção de rodízio ou degustação como chamam agora, foi alterada. Especialmente porque tudo o que como em bastante quantidade, vem em alta qualidade. Fato que não ocorreu no Sushi Ya San, em ambas categorias.
Após o pedido, a garçonete irritada levou os cardápios e esqueceu de oferecer qualquer coisa para beber. Difícil foi chamá-la de volta para conseguir uma água e uma cerveja.
O pedido chegou depois de muita demora - me pareceu que pessoas que lá chegavam para pegar o delivery eram passadas na frente. A fome já era tanta que não houve conversa, somente o comentário do quão fresco os peixes pareciam estar. Ponto para eles.



No mar de salmão que veio, vi 5 fatias de atum. Cinco! Linguado e sororoca estavam lá também e este último foi a única boa surpresa da noite: delicioso, gorduroso e com textura similar ao peixe-prego. O atum, em quantidade de degustação como se fosse um verdadeiro torô, estava fresco e na espessura correta e, logicamente, não matou a vontade.
O sushiman tratava o atum como relíquia em sua área de trabalho, embalando em filme plástico e desembalando, de acordo com o uso. Nos questionamos sobre o pedido do combinado onde podia-se escolher os peixes e depois concluimos que provavelmente não teríamos mais atum, teríamos muitas fatias finas de atum.
As peças de sushi estavam razoáveis, notavelmente sem tempero correto ou cocção adequada, mas não foram as piores que já comi.
Sai de lá na certeza de que havia gastado uma quantia de dinheiro que não se aplicava a qualidade da casa, muito menos ao atendimento, menos ainda a composição do combinado.
E isso porque minhas expectativas estavam baixas.

Passe longe:
Sushi Ya San
Av.Guarani, 736 - Itaguá
Ubatuba - SP
(12) 3832-1405
Aberto de 5a a Domingo, a partir das 19h30

12.12.09

Aroma Árabe

Não posso afirmar que conheço todas as culinárias, muito menos que as entendo. Das que entendo, consigo recriar baseada no que sei e reproduzir o clássico. A culinária árabe é aquela, no entanto, que fico boquiaberta - e feliz - por não conhecer e sempre me surpreender com os sabores.
O leigo diria que tem-se como base o hortelã, kafta, babaganuche, homus, pão pita e zátar (zaatar).
Eu diria o mesmo!
Estou fascinada com restaurante que me proporcione rodízios/degustações a preços interessantes e que me introduzam sabores novos. Sempre fui curiosa pela culinária árabe, mas nunca me aprofundei no assunto. No entanto, tive uma experiência interessante no Aroma Árabe.
Cheguei para almoçar em um horário péssimo (para quem trabalha no restaurante): 14h. O sistema da casa funciona com um preço para o pequeno rodízio (que inclui um self-service e pratos pedidos na mesa) e o rodízio completo (tudo na mesa); dado o horário, a garçonete sugeriu, muito honestamente, que escolhêssemos o rodízio completo pois assim teríamos uma comida mais fresca, feita na hora. Decidido pela sugestão dela, então.
E que ótima sugestão!
A comida estava sendo feita na hora pois conseguia ouvir o barulho da cozinha e não havia mais nenhum cliente no recinto.
O couvert incluia pães quentinhos e uma trilogia de babaganuche (pouco temperada), homus e coalhada seca, em um textura exuberante e saborosíssima. Minha fome estava quase morta ali.
Mas seguiu-se kafta, com delicioso gostinho de leite, charutinhos de folha de uva, arroz com lentilha, falafel (muito seco) e a maravilhosa abobrinha recheada. Esta, até hoje, com o sabor indescritível na minha cabeça.
A conta não deu 35 reais para cada um e pude comer muito, sempre me questionando o tempero usado. Milhões de questões na cabeça, sem saber de onde vinham aqueles sabores estranhos e deliciosos. Uma cozinha sem medo de ser de raíz, original e para aqueles que apreciam sua culinária.
Uma vez que Papai Salim não satisfaça mais, o Aroma Árabe proporciona melhor atendimento e uma cozinha peculiar, que não tem medo do cliente que não conhece seu sabor. A cozinheira chef, diz-se, está na área há 27 anos.
Nada melhor que ser bem servido, com comida diferente e feita na hora.
Inspirador.

Passe lá:
Aroma Árabe
Av. Júlio de Mesquita,73
Campinas - SP
(19) 3255-8251

Ryuu

Assim como já achei que entendia muito de botecos, também já achei que entendia muito de restaurantes japoneses. Ao menos os de Campinas. De todos que existem na cidade, posso afirmar que não fui em apenas dois.
Felicidade a minha quando me deparei com o Ryuu.
Tinha como o melhor Matsu, independente da Veja o classificar como o melhor.
Ryuu abriu suas portas em junho de 2009 e vi a festa de inauguração de longe pois sempre passo perto do local na volta do trabalho. Comecei a notar a propaganda em alguns veiculos da mídia mas a minha curiosidade persistia simplesmente por ser um novo restaurante japônes na cidade e eu queria saber se era bom ou não.
Para mim, restaurante que se presta a servir comida japonesa tem, no mínimo, que ter peixe fresco. Nem me arrisco a exigir karê ou qualquer outro tipo de comida típica que não seja o sushi e sashimi, mas quero, ao menos, que façam o básico e bem feito.
A decoração do lugar me atraiu porque é cool demais, moderninha demais, diferente demais para ser algo bom. E eu tinha que conhecer, com o medo gritante que seria mais uma baladinha/restaurante estilo Kindai.
A primeira vez que fui foi em um almoço de sábado. Cheguei e me sentei nas mesas do fundo onde o ar condicionado parecia mais potente. A casa trabalha com menu degustação o que, achei a princípio, um eufemismo de rodízio. Ledo engano.
O Ryuu trabalha com o conceito de degustação no sentido de pequenas porções, podendo ser repetidas a bel prazer, em sequencias com um tempo admissível entre um prato e outro, de forma a deixá-lo com vontade de comer o próximo prato sem se estafar.
Caso se peça a degustação - o que é de longe a melhor opção - pode-se ter sunomono ou uma saladinha de primeira entrada. O garçon logo pede se o temaki é desejado e qual peixe se quer - salmão, prego ou atum - e se guarnecido com cream cheese e cebolinha. O pedido sempre é atum e cebolinha sem cream cheese.
Segue-se o rolinho primavera com o molho mais delicado que já comi, agridoce no ponto que deve ser, juntamente com wonton de cream cheese - este sim, delicioso com o quejo.
O prato de sushi e sashimi chega, devidamente escolhido anteriormente pelos clientes. A escolha sempre é peixe prego e atum, fresquíssimos e um pouco de salmão, sempre muito bom também.
O camarão empanado chega com o mesmo molho do guioza (antes terrível, mas depois da terceira vez estava apimentado e delicado como deve ser) e segue com o salmão levemente grelhado com gergelim preto e branco e um crocante de batatas.
Esse prato eu sempre passo porque ocupa espaço demais no estômago e é batido além da conta.
Quando os sushimen estão inspirados, pode-se receber uma porção de peixe prego levemente grelhado com molho apimentado de abacaxi (que eles devem achar que é um super segredo mas eu mesma já comprei em um mercado na Liberdade em São Paulo) ou então um fantástico pseudo-cebiche de prego com a péssima, porém coerente, maionese, limão e gengibre. Uma surpresa boa e rara por lá (das cinco vezes que fui, comi apenas uma vez).
O shimeji e shiitake na manteiga e, o que eu acredito, um pouco de missô e shoyu estão disponíveis sempre, a não ser que o despreparado graçon afirme que não se encontra mais no mercado até o prócximo garçon lhe trazer uma porção.
O diferencial, assim como escrevem no menu, é o shoyu. Na verdade, afirmam que a garrafinha de shoyu diferencia um restaurante de outro, e a deles é linda. Mas o mais importante é seu conteúdo e nela está um shoyu que não é puro e sim misturado com outros ingredientes que consigo quase afirmar que sei quais são, mas não me arrisco.
De sobremesa, vá com o Melona de melão, morango, banana ( o preferido) ou outro sabor que não me lembro.
O ambiente é delicioso, extremamente aconchegante, com opções de bebidas alcoolicas (Stella Artois a R$4,00) e sucos fresquinhos.
Ryuu se propõe a servir o básico e o original. O peixe, sempre fresco, chega na casa com frequencia alta, aquela que garante que não se morda um pedaço lindo de sashimi congelado. E sempre pode-se contar com o delicioso peixe prego, para mim, a melhor combinação com o atum.
Almoço ou jantar, o atendimento sempre será muito bom e a casa sempre cheia.

Passe lá:
Ryuu
Av. João Mendes Jr., 427 - Cambuí (paralelo a Norte-Sul)
Campinas - SP
(19) 3325-4101
Aberto para almoço e jantar - Terça a Domingo

18.8.09

Pizzaria São Paulo - Ubatuba



Já comi em muitas pizzarias, daquelas clássicas da cidade de Campinas (não muitas) até aquelas com exemplares de R$6,00 que chamam de "atum e tomate". Em uma visita longa a Ubatuba, procurando sabores familiares acabei me surpreendendo com, sem excessos aqui, a melhor pizza que já comi até agora.
Começamos descaradamente com uma desgustação de azeite. A casa possui mais de 40 rótulos e escolhi 10 destes, para serem saboreados com uma entrada de massa de pizza. Somente.
Um grande pedaço de massa de pizza assada a perfeição que foi divida em dois e degustada aos pequenos pedaços com os variados tipos de azeites escolhidos. Dos italianos, brasileiros e gregos que provei foi o português orgânico que ganhou de todos. Chama-se ALFANDAGH, 0,7% de acidez máxima, extra-virgem. Delicioso e escolhido para acompanhar as pizza pedida.
A escolhida foi, depois de muito tempo, Maçarico, com deliciosos pedaços de pancetta, cortados finamente e muito crocantes.
A casa, além de expor seus variados azeites em cima do balcão e em prateleiras altas, decora o chão com diversas latas de tomate pelado italiano ( o que não acho que estaria muito de acordo com a vigilância sanitária) e possui atendimento bom, de acordo com o que esperava. Como a curiosidade era grande fui perguntar ao proprietário sobre a massa de pizza, tão impecável, e encontrei respostas vagas, logicamente.
A casa centenária fica em Ubatuba e acho que, uma vez no litoral, vale a pena ser bem paulistano e passar para provar uma pizza do lugar.

Passe lá:
Pizzaria São Paulo
Rua: Dr. Esteves da Silva, 26 - Centro
Ubatuba
(12) 38327457
Couvert médio: R$50,00

11.11.08

Chopp Time

A primeira idéia que se passa quando o nome de um bar remete a um programa de TV de vendas de produtos sem muito uso é a mesma de quando o tal programa passa na TV: você não quer ficar assistindo, mas acaba perdendo algumas horas com ele.
O bar é realmente bonito, todo em madeira, com três espaços - exterior, interior e mezanino. Banheiro limpo, arejado e sem filas. O bar trabalha com os insuportáveis e inaudíveis cantores de banquinho e violão, com o mesmo repertório e volume acima do necessário. Couvert de R$4.
O tardar da noite não impossibilitou alguns chopes, que, evidentemente, eram trazidos com maior vagareza ao passar dos minutos. A cozinha demorou a fechar e pude pedir um Cambuí Street Especial, que consistia em diversas carnes, queijo, molhos e gorgonzola. O que eu senti foi gorgonzola, com molho de gorgonzola e pedaços de gorgonzola. R$20. O cardápio é um pouco confuso pela variedade e quantidade de opções; há quem ache muitas opções uma boa qualidade mas creio que menos é mais - assim como o gorgonzola deveria ser.
Os chopes eram marcados em uma comanda na mesa o que facilitou a contagem, nem muito alta, de quantos reais seriam gastos lá. R$3,90 tulipa de 300 ml.
Os garçons estavam pedindo educadamente que fôssemos embora dado que não havia mais uma viva alma no bar e os funcionários já estavam fazendo a ceia. Como não haveria mais nenhum outro bar em que se pudesse chegar as 3 da manhã e a conta já estava salgada, decidimos aceitar o pedido e ir embora.
O bar abre para almoço, happy hour e jogos de futebol. Assim como o canal de compras, muitas opções sem muita qualidade em cada, mas razoável se você não tem uma variedade de escolha.

Passe longe:
Centro de Convivência - Cambuí - Campinas
Couvert médio: R$30