3.9.08

Clube Kraft

Me encontrava na fila do suposto clube mais descolado de Campinas a 1h30 da manhã de sexta para sábado esperando pra ver Gui Boratto. Atrás de mim, um grupo de três garotos que sotaque que variava entre paulistano e campineiro contando dos finais de semana em Maresias e na minha frente um casal que fazia malabarismos para atender telefone, acender cigarro, colocar pulseirinha de área vip e continuar se beijando.
Fiquei feliz que entrei na fila correta, aquela de nome na lista, com uma hostess que deveria trabalhar de agente funerária tamanha a depressão. O frio que fazia fora da casa foi compensado brutalmente pela sauna que estava dentro e a cerveja que serviria para refrescar foi tomada 10 minutos depois de chegar ao bar.
A variedade de público da Kraft é imensa, desde os playboys que estavam perto de mim na fila até reggueiros, o pessoal GLS, os homens maduros que acham que tem 18 anos, os zilhões de meninos com bonés, os clubbers e qualquer outro tipo de pessoa. Descobri que o melhor jeito para ninguém esbarrar em você, te queimar, ou derrubar cerveja é dançar porque, de alguma forma, entra-se no ritmo de todos.
Impressionantemente, não esperei para ir ao banheiro, dada a ausência de meninas surtadas que normalmente se encontra em filas de banheiros. Ponto positivo.
A apresentação do Gui Boratto foi ótima, até onde eu possa achar, dado todo o desconhecimento desse tipo de música.
Foi uma experiência interessante mas, realmente, não o meu tipo de lugar.
O clube tem outros tipos de apresentações que não somente eletrônica, como rock (Matanza e Muzzarelas) e samba-rock (como Fred Jorge) o que aumenta ainda mais o leque de opções.
A decoração é diferente, local bastante escuro, com três áreas diferentes, pessoal bastante animado – embora às vezes a animação parecia princípio de briga e o atendimento no bar era condizente com o tanto de gente lá dentro.
É, na realidade, o único lugar que pode-se chegar às 4 horas da manhã e entrar sem problemas, o que, em Campinas, é um oásis – se você gosta desse tipo de balada.
Com nome na lista, paguei R$30,00 de bônus no bar (eufemismo para consumação obrigatória) e gastei mais que isso (Skol em lata R$5,00, Stella Artois RS7,00). Entrada de R$15,00.
Mesmo não tendo adorado o lugar, posso afirmar que prefiro ir lá todos os fins-de-semana à ir em qualquer boate que o pessoal que estava atrás de mim na fila deve ir quando não está na Kraft.

Passe lá (se for sua praia):
Rua Carolina Florence, 1121
Taquaral
Campinas
(19) 32426356
Couvert médio: R$40,00